quarta-feira, 7 de julho de 2010

Tudo é Relativo


JUÍZES 17


Vivemos em um tempo em que a crise de paradigmas tem sido uma característica predominante. Como aconteceu nos dias dos Juízes, todos estão fazendo aquilo que acham correto aos seus próprios olhos. Os valores são aceitos ou praticados de acordo com aquilo que os homens acham certo ou errado, sem a aceitação de princípios que sejam transcendentais. Até mesmo entre os cristãos, o relativismo está presente de forma bastante acentuada. Valores da palavra de Deus, regras de fé e conduta dos cristãos, estão sendo desconsiderados como verdades absolutas.

1.     Valores e Costumes: Uma Distinção Necessária
Entendemos por valores, princípios que foram comunicados ao homem da parte de Deus e estão revelados nas Escrituras Sagradas e impresso na consciência humana. São as revelações da lei moral de Deus, sob a qual devemos nos conduzir. Essa Lei, que é de caráter universal, está muito bem delineada nos preceitos estabelecidos nos Dez Mandamentos (Êx 20:1-17).
Valores como honestidade, verdade, amor, solidariedade, santidade, justiça, paz, amizade, humildade, mansidão, etc. são valores universais. As bem-aventuranças (Mt 5:1-11) proferidas por Jesus, bem como todo o Sermão da Montanha, apresentam um bom quadro do que sejam valores universais, que devem ser transmitidos a todas as pessoas, em qualquer cultura e qualquer tempo.
Quanto aos Costumes, pode se dizer que são relativos. Nesse sentido, aceitamos o relativismo em questões que não ferem a lei moral de Deus, por se tratarem de costumes amorais, isto é, neutros. As leis políticas e cerimoniais, como, por exemplo, sobre purificação, alimentos, vestuário, sacrifícios, etc., foram abolidas no Novo Testamento, pois com a vinda de Jesus elas cumpriram o seu significado simbólico (Mt 15:20; Hb 10:1-14; 13:9-10). Cerimônias de casamentos, funerais, danças, estilos musicais, trajes, linguagem, estética, culinária etc., variam de país para país, de região para região e, muitas vezes, de cidade para cidade. À semelhança de Jesus, Paulo e outros, na Bíblia, precisamos ser flexíveis e compreender a necessidade de adaptação a costumes locais e temporais. Costumes são diferentes de valores.

2.     Onde Tudo é Relativo o Caos se Estabelece
O texto que fundamenta este estudo apresenta os resultados da afirmação que está no final do versículo 6. Somente neste texto é possível ter uma visão do que estava acontecendo naqueles dias: roubo, mentira, idolatria, etc.
Os dias nos quais vivemos apresentam esta triste realidade. O relativismo está presente de maneira muito forte na religião. Não são poucos os grupos que passam por cima da ética e da moral, desprezando os valores absolutos da Palavra de Deus, objetivando conquistar mais adeptos e, até mesmo, mais dízimos e ofertas. A verdade bíblica tem sido substituídas pela experiência. Para eles, o que importa é o que a pessoa sente, e não o que a Bíblia ensina.
No aspecto moral, o que se ensina é que não podemos dizer o que está certo ou errado. A mídia tem ditado os padrões morais, mostrando que tudo é válido e permitido em busca da felicidade. Esse relativismo, tão marcante em nossa sociedade pluralista, tem feito com que ela mesma se mergulhe no caos.

3.     As Escrituras Sagradas e os Valores Absolutos
O episódio narrado no texto básico, sobre a consagração de um sacerdote, por parte de Mica, revela um total desconhecimento e desprezo pela Palavra de Deus. O sacerdócio em Israel estava limitado aos filhos de Arão. Os levitas não faziam parte desta linhagem. O que Mica fez estava totalmente contrário à palavra do Senhor.
Os cristãos que aceitam a Bíblia como verdade absoluta precisam estar atentos quanto a esse assunto. Os princípios de interpretação precisam ser levados em conta. O que é inegociável são os valores e princípios eternos, válidos para todas as pessoas, em todas as épocas (Lc 21:33).
Destacando a importância da Palavra de Deus como regra de conduta, Jesus declara: “Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade” (Jo 17:17).
O povo de Deus tem sido convocado para falar da verdade e vivê-la. Como um povo da verdade, os cristãos devem resistir à tentação de ficarem em silêncio e de terem que assumir uma vida de padrões duplos. O silêncio e a hipocrisia podem minar a verdade, e o cristianismo pode vir a cair em descrédito.


Pense nisso!!!


Tiago Genelhu

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Esperar é confiar

(Pastoral 06/06/2010)








“Esperei confiantemente pelo Senhor; ele se inclinou para mim e me ouviu quando clamei por socorro.” (Sl 40.1)

     Vivemos um profundo estado afetivo de insegurança. Isso tem contribuído para a desestabilidade familiar com profundos reflexos em toda a nossa vida. Somos subjugados diariamente pelas pressões sociais, culturais, econômicas e religiosas que por vezes nos leva a crises existenciais.
O salmista nos dá algumas pistas para enfrentarmos os embates da vida. Ele narra sua atitude para com Deus e a atitude de Deus para com ele. Vejamos, pois:

a) Atitude do salmista para com Deus


     “Esperei confiantemente pelo Senhor”. O grande segredo é esperar, aguardar; não é um “esperar” de qualquer jeito, é uma espera com confiança em Deus, pois este esperar torna o homem quieto, mas não inativo. Há muita gente esperando de forma errada. Espera e nada faz. Não ora, não busca, não jejua, não lê a bíblia, não se informa etc. Esperar tem a ver com acreditar que as promessas vão se cumprir, pois Deus é a garantia da promessa e peca quem é precipitado. Portanto, a grande lição é esperar com confiança. Ele clamou por socorro, pediu de fato ajuda e o amparo Divino em meio às lutas. Deus é o socorro bem presente na hora da angústia (Sl 46.1).
     Resumindo a atitude do salmista, eu diria que precisamos orar e esperar com confiança, crendo que Deus é fiel em responder as orações segundo o seu querer e realizar.

b) Atitude de Deus para com o salmista


     A expressão utilizada pelo salmista para dizer sobre a ação de Deus foi “ele se inclinou para mim”. Isto tem a ver com a disponibilidade de Deus para agir em direção aos seus filhos. “Tirou-me de um poço de lama e perdição”. A ação de Deus visa sempre tirar o homem da ruína. “Colocou-me os pés sobre a rocha”. Colocou num lugar seguro lhes “firmando os passos”, pois o Senhor firma os passos do homem bom (Sl 37.31) para um caminhar seguro e contínuo, colocando nos lábios deste um novo cântico de louvor para que muitos vejam, temam e confiem neste Deus soberano, digno de honra e louvor.
     Creio que nossa atitude frente às adversidades fará toda a diferença, pois a ação de Deus é sempre fiel e justa. Nossa insegurança será transformada em segurança não porque nossa ação é eficaz, mas pela ação e misericórdia de um Deus poderoso, capaz de realizar em nós e por nós coisas maravilhosas. Espere com confiança e Deus transformará a sua insegurança.

Com carinho,
Ver. Marco Antônio dos Santos.

domingo, 9 de maio de 2010

Alguma Dúvida???





Rute 1:1-18

O livro de Rute nos trás muitos ensinamentos valiosos sobre, amor, amizade, renúncia, e muitos outros temas, mas o que eu quero abordar é uma situação que me chama muito a atenção e creio que, de certa forma, envolve também todos os outros temas.

No versículo 11 Noemi resolve dispensar suas noras, Orfa e Rute, já que seus dois filhos estavam mortos e, pela lei judaica, elas já não tinham mais vínculo nenhum que as ligassem a Noemi. Noemi propõe que as duas voltem para terra de Moabe para a casa de seus pais. Neste momento então, Orfa e Rute têm uma importante decisão a ser tomada. Orfa então decide voltar para a casa de seus pais e em prantos despede-se de Noemi e segue seu caminho (v. 14). A decisão de Rute foi oposta à decisão tomada por Orfa. Rute decide ficar com Noemi mesmo não tendo mais nenhum vínculo que as ligassem, a não ser o vínculo afetivo.

O final da história de Rute nós conhecemos muito bem (se não, leia o livro de Rute). Quanto à Orfa, não sabemos que fim ela levou, mas, provavelmente, ela conheceu um outro homem, se casou, teve filhos e viveu assim até o final de sua vida. Claro que isso é uma suposição minha, mas a probabilidade de ter sido dessa forma é muito grande.

Mas então, o que diferencia a atitude de Orfa da atitude de Rute? No que eu quero abordar com isso tudo, em nada. Todas as duas tinham uma importante decisão a ser tomada e elas tomaram sua decisão baseadas no que elas acreditavam ser mais conveniente. Provavelmente, elas tiveram suas dúvidas, mas estavam decididas pois sabiam o que queriam.

A todo momento em nossas vidas nos vemos diante de grandes decisões e com isso nos pegamos rodeados por muitas dúvidas. Nessas horas a tendência natural das coisas é  entregarmos nossas dúvidas nas mãos de Deus e pedir a Ele para nos dar uma solução. Mas por que decisões importantes geram tantas dúvidas? A dúvida é o medo de que a decisão a ser tomada não seja acertada, com isso, jogamos toda a responsabilidade nas mãos de Deus pedindo que Ele decida por nós. Isso funciona também como uma válvula de escape, pois, se as coisas não derem certo, a culpa não será nossa.

Precisamos parar de jogar nossas responsabilidades pra cima de Deus, cabe a nós decidir e entregar nas mãos dEle não as nossas dúvidas e sim nossas decisões. Precisamos aprender também a assumir as responsabilidades geradas em conseqüência de nossas decisões e parar de pensar que é porque Deus quis assim.

Deus quer de nós uma atitude de fé. Hebreus 11:1 diz que a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que não se vêem. A dúvida nos limita a visão, quando estamos em dúvida não conseguimos enxergar além do imediato e perdemos o foco do nosso objetivo. Um ótimo exemplo disso está em Mateus 4:1-11 quando o diabo tenta de toda forma lançar dúvidas sobre Jesus objetivando lhe tirar o foco de sua missão. Se fé é a certeza, então a dúvida é um sentimento que se encontra entre a certeza e a incredulidade.

Da mesma forma, precisamos enfrentar as dúvidas que surgem na nossa caminhada espiritual. Em Mateus 6:24 diz: Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar a um e amar o outro, ou há de dedicar-se a um e desprezar o outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas. Muitos de nossos Jovens andam perdidos em meio às dúvidas com relação à caminhada espiritual. Andam presos a coisas mundanas que eles julgam pelo seu próprio entendimento que não são abomináveis aos olhos de Deus. Essa é outra decisão importante que temos que tomar em nossas vidas. Precisamos escolher qual “senhor” nós queremos servir. Se Deus, então que vivamos somente pra Ele. Se o mundo, então que vivamos apenas as coisas mundanas. Mas para os que estão em dúvida, ai de vocês, enquanto ficam criando para si a ilusão de que tudo está bem e que a vida que levam é o suficiente para agradar a Deus, cria-se então um cristianismo conveniente norteado por enganações que os levarão a conseqüências trágicas.

Assim, porque és morno, e não és quente nem frio, vomitar-te-ei da minha boca. (Apocalipse 3:16)

Cada um de nós será responsabilizado pelas conseqüências geradas pelas decisões que tomamos ou deixamos de tomar. Por isso, tome suas decisões sem visar o agora, mas pensando sempre no que essa decisão trará de proveitoso pra sua vida e para o Reino de Deus.

Pense nisso!

E que DEUS abençoe a todos!

Tiago Genelhu

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Levar as cargas uns dos outros




Gl 6:2 "Levai as cargas uns dos outros, e assim cumprireis a lei de Cristo"
Li um livro que dizia sobre amparar, sujeitar uns aos outros (como diz em Rm12:10), perdoar (Ef 4:32) e diversas maneiras para melhorarmos nossas relações com o próximo conforme a Bíblia nos ensina:  seja em casa, no trabalho e/ou na própria igreja.
Vejo que precisamos aprender com a palavra de Deus o termo UNIDADE. Principalmente dentro de nossas igrejas, e para ter essa unidade, é necessário ter amor, sinceridade, compaixão, decência.
Mas, de acordo com o titulo, me perguntei: “O que seria 'levar a carga uns dos outros'?”
Descobri que é relacionar-se. Quando o irmão cai diante de uma tentação que o pegou de surpresa, por exemplo, imediatamente a unidade (demais irmãos) deve procurar meios para restaurá-lo.
Se refletirmos bem sobre esse aspecto, estamos dividindo a carga com o irmão, vencendo nosso egoísmo, demonstrando nosso altruísmo e tornando essa carga mais leve. Com isso você demonstra ao seu irmão que você está disposto a renunciar:
1°-Lazer 
2°-Tempo 
3°-Cansaço
E ao mesmo tempo, cumprindo a vontade do Senhor.
Rm 15:2 ''Ao contrário, cada um de nós deve agradar seu irmão, para o próprio bem dele, afim de que ele possa crescer na fé''.
Percebemos então, que a amizade, a unidade entre irmãos não é uma mera convivência e afinidade. Nós temos responsabilidade sobre aqueles que nos acompanham. É necessário o aconselhamento, o discipulado, a comunhão.
Sabemos bem que Jesus veio para servir, e que é nosso Dever seguir Teus passos. Em 2Co 1:4 Paulo nos mostra que Deus é nosso auxílio para sermos auxílio uns dos outros. É servindo que seremos servidos.
Precisamos, enfim, viver em unidade, em amor, em paz. Mas Cristo diz: ''Tende Paz em Vós Mesmo''. Para termos paz uns com os outros, é necessário primeiramente termos paz em nós mesmos. Em Cristo encontramos a paz, a força, a sabedoria e o amor para nos relacionarmos bem.
E você, tem tido paz em teu coração? Tem agido em unidade mostrado a Deus que seu tempo, seu lazer, seu querer é consagrado às boas obras do Senhor?
Gl 6:9 ''E não nos cansemos de fazer o bem, porque no tempo certo, colheremos, se não desanimarmos''.

Larinha Souza

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Sobre o amor...


Estudando sobre a Teoria das Necessidades Básicas descrita por Maslow, percebi que o amor é algo muito mais forte do que pensamos ou ‘vemos’ no mundo de hoje.
Antes de falar sobre isso, quero explicar um pouco sobre essa teoria. Basicamente, ela diz que o ser humano tem 5 necessidades fisiológicas e psicológicas. São elas: necessidades fisiológicas, de segurança, de amor, de estima e de auto-atualização. Como a que nos interessa mais é a de amor, só vou comentar sobre ela (até porque não é difícil imaginar sobre o que são as outras).
Esse tipo de necessidade é a de “...laços afetivos com os demais; necessita obter um lugar em seu próprio grupo e no mundo. Ser plenamente compreendido e aceito por alguém”. Ele chega a falar até que a falta de amor pode gerar patologias (doenças) graves. Fica claro então como o amor é importante e necessário para nós.
Porém, Maslow diz que há certa hierarquia para que essas necessidades sejam satisfeitas. Uma ordem. Também, uma dessas necessidades pode ser mais predominante no indivíduo (quando ela não é satisfeita, ela domina) e isso o faz modificar seu modo de ver as coisas. Um exemplo, a pessoa cronicamente faminta, vai imaginar que sua vida seria perfeita se houvesse sempre um banquete a sua espera. Logo, se uma necessidade é satisfeita, o indivíduo ‘partiria’ para a próxima em busca de satisfazê-la. E é aqui que quero chegar!
Uma das contradições desta teoria é que se a pessoa, digamos que, recebe amor suficiente, esta necessidade deveria estabilizar e dar espaço a outra. Porém, não é o que ocorre. “Mas o estudo clínico de pessoas sadias, que foram saciadas em sua necessidade de amor, mostram que, embora precisem menos de receber amor, são as mais suscetíveis de dar amor. Nesse sentido, são pessoas mais amantes” (Maslow, 1968, p. 69).
O que eu percebo então disto tudo que aprendemos? Percebo que o amor é algo tão forte, que não pode ser preso. Não é algo que tenha limite. Ele não só atinge uma pessoa, mas também transborda, atingindo outras. As obras do amor não são egoístas, mas estão à disposição de todos, sem distinção.
E o que a bíblia nos fala sobre o amor? O que ele tem a ver com o que Deus quer falar para nós? Perguntaram pra Jesus qual era o mandamento mais importante. Ele respondeu:

O maior mandamento é este: amarás o Senhor teu Deus de todo o coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento.” E continuou: “o segundo é semelhante a este: amarás o teu próximo como a ti mesmo” E concluiu: “Nestes dois mandamentos estão contidos toda a lei e os profetas” É a narração de Mateus 22,34-41 e Marcos 12, 28-34 com pequenas nuances.

Onde está o amor que temos recebido do nosso Senhor? Estamos deixando este amor tão lindo transbordar? Se recebermos amor, não queremos dá-lo a outras pessoas?

Muitas pessoas ainda precisam conhecer/receber deste amor. Estamos sendo instrumento para isso?


Samara Lacerda, 29/04/10

sábado, 24 de abril de 2010

Sacrifica o Teu Isaque


Prosseguiu Deus: Toma agora teu filho; o teu único filho, Isaque, a quem amas; vai à terra de Moriá, e oferece-o ali em holocausto sobre um dos montes que te hei de mostrar. (Gn 22:2)

Se Deus havia prometido Isaque a Abraão (Gn 17:16), que motivos então teria Deus para pedi-lo de volta?

Essa postagem é completamente diferente de todas as outras que eu postei anteriormente, ficou mais como um desabafo, um testemunho de algo que Deus falou comigo muito recentemente.

Deus tem abençoado grandemente minha vida em todos os aspectos. Tenho contemplado o quanto Deus tem me honrado e cuidado de mim. Mas, ultimamente, uma coisa diferente tem acontecido, algo que nunca me ocorrera antes.

Deus tem me dito: “Sacrifica o teu Isaque”. Isaque? Sim, Isaque, ou seja, assim como foi com Abraão, esse "Isaque" seria as bençãos prometidas por Deus. Mas porque Deus me pediria pra abrir mão das bênçãos se foi Ele mesmo quem as deu? Vejamos do ponto de vista de Abraão. Havia o risco de Isaque se tornar um obstáculo entre Abraão e Deus. Isaque era tão precioso para Abraão que não seria difícil compreender se Abraão tivesse escolhido não sacrificá-lo. Todos nós temos coisas e/ou pessoas na vida que podem se tornar um obstáculo entre nós e Deus. Por isso, enquanto eu estiver colocando as bênçãos acima do Deus que as concedeu, Ele vai continuar repetindo: “Sacrifica o teu Isaque”.

Cheguei a questionar Deus o porquê disso, se as bênçãos não seriam para a minha edificação. Mas a resposta foi surpreendente: "Eu abri mão do que Eu mais amava por você, agora você é capaz de abrir mão dessas coisas por mim?".

O que Deus quer de nós é apenas uma prova de amor. No evangelho de Marcos 6:20 diz que onde estiver o nosso tesouro, aí estará também o nosso coração. Onde está o seu coração? Qual é o seu tesouro?

Deus sabe qual é o nosso Isaque e nós também sabemos, mas a decisão de sacrificá-lo cabe a nós. A pergunta agora é:

Você está pronto(a) para abrir mão dele?

Nós precisamos aprender a buscar não as bênçãos, mas sim o Deus das bênçãos sabendo que as bênçãos serão uma conseqüência da nossa busca por Deus e que Ele proverá o cordeiro para o sacrifício se essa busca for genuína. Do contrário, “Sacrifica o teu Isaque”.

Pense nisso!

Tiago Genelhu

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Tempo para TUDO?





“Tudo tem seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu.” Eclesiastes 3: 1

Era uma noite (madrugada) de sexta-feira para sábado. Como eu estava de férias, fiquei conversando com uns amigos até mais tarde no MSN (tudo bem, nem só nas férias isso acontece). Foi quando uma amiga disse que não estava com sono e pediu para que ficássemos ali com ela. Então eu propus que virássemos a noite, e eu estava disposta a ficar acordada com ela até quando ela decidisse ficar. Uma situação normal, mas não sabia eu o que aquilo significaria para mim mais tarde.
                Chegou um momento em que decidimos que iríamos dormir (as pessoas são fracas... nunca conseguem virar a noite... só eu!). Pois bem, nos despedimos. Apesar de estar um pouco cansada, eu não sentia muito sono. Então coloquei algumas músicas no celular, que eu pretendia ouvir enquanto terminava de ler um livro.
                Depois de tudo desligado, deitei na cama e comecei a ouvir as músicas (todas cristãs, maioria internacional). Mas, não comecei a ler o livro. Sequer o abri. Simplesmente fiquei ali, parada, “sentindo” as músicas (rsrs). Apesar de serem internacionais, elas me levaram a uma linha de pensamento onde refleti sobre o que mais costumo pensar: o fraco homem diante da grandeza de Deus. Foi quando meus olhos finalmente se abriram e eu enxerguei o propósito daquilo tudo.
                Quantas vezes nos tornamos disponíveis a outras pessoas para ouvi-las, ajudá-las, mas não deixamos sobrar ao menos 1 hora, das 24, para nosso Senhor?
                No nosso dia-a-dia vemos como precisamos do Pai, mas não abrimos mão de nossas vontades ou necessidades para ouvi-lo um pouco. Não paramos pelo prazer de estar na presença do Pai. Como queremos ter vida com Deus se não nos dispomos a buscá-lo e conhecê-lo?
                Em Eclesiastes vemos que há tempo para tudo e nós gostamos bem de citar este versículo. Mas, onde está ficando nosso tempo para Deus? Apenas nos cultos de domingo?
                Maior que a nossa dedicação a um amigo, parceiro, família, ministério, deve ser nossa dedicação ao Pai.
                Programe um horário onde vocês podem ficar a sós e que nada poderá dispersa-los.
                Busquem ao Pai. Temos muito mais para conhecer!

Samara Lacerda, 02-01-2010.